Para analistas, o primeiro passo de Miguel Coelho na direção de consolidar seu nome e ficar com a vaga de candidato da oposição para disputar as eleições do ano que vem, foi dado ontem e com firmeza, no ato de filiação ao DEM. O atual prefeito tem uma disputa forte, pois os prefeitos, Anderson Ferreira, de Jaboatão dos Guararapes, e Raquel Lyra de Caruaru, também pleiteiam à condição.
Muitas lideranças políticas do estado, entre elas mais de 30 prefeitos, marcaram presença no evento, que também contou com as presenças do presidente estadual da legenda, Mendonça Filho e do Presidente Nacional – ACM Neto. Para alguns analistas, Miguel chegou forte e pressiona os colegas de oposição que, avaliam, têm dificuldade de repetir o movimento de ontem com a mesma força.
Miguel, Anderson e Raquel são os principais prefeitos de suas respectivas regiões. O prefeito de Petrolina é quase unânime nos Sertão do Francisco e Araripe e tem boa penetração nos Sertões de Itaparica e Central. No Moxotó e Pajeú há um presença forte de administrações do PSB, o que aumenta a dificuldade de o filho de FBC entrar mais força com o seu projeto, porém diante do desgaste das gestões estaduais, o âmbito local tem perdido o poder de interferir na escolha a nível de estado.
Anderson comanda o 2º maior colégio eleitoral de Pernambuco e Raquel é uma liderança da região Agreste do estado, onde a densidade demográfica é forte. Conta a favor de Miguel a provável fusão com o PSL, fazendo o maior ou um dos maiores partidos do País, sem dúvidas mais expressivo também no estado que PSDB e PL, de Lyra e Ferreira.
O que se espera é que cada um nas suas movimentações, como a de Miguel ontem, tenha a habilidade de colocar suas propostas, de convencer a população, ganhar o apoio de segmentos importantes da sociedade, mas sem se isolarem. Apesar do já citado desgaste, pelo tempo e pelas gestões duvidosas, o PSB continuam com a máquina e ela está em pleno vapor, bem como comanda a maioria das prefeituras e as máquinas municipais, juntas a do Estado, podem construir um candidato e uma condição eleitoral de vitória que hoje não existe.
Miguel começa bem, Raquel e Anderson têm tudo para também demonstrarem força, mas que no fim prevaleça o bom senso e que o bloco não se fragmente como ocorreu na disputa para a prefeitura do Recife no ano passado, pois diante da força dos governos citados no paragrafo anterior, o fim de uma guerra de egos pode ser com uma derrota semelhante a que houve na disputa pela capital.