Com informações do Diário do Poder
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrou nesta quinta-feira (12) a Operação “Modo Avião”, com o objetivo de identificar e inabilitar celulares em presídios de todo o País. Neste primeiro momento, a operação se concentra em 173 presídios de 14 Estados, mas todas as unidades da Federação poderão se integrar ao esforço.
A ação do Depen – por meio da Diretoria de Inteligência Penitenciária – é parte de um pacote de medidas para utilização do sistema prisional como ferramenta de combate ao crime organizado, interrompendo as comunicações ilegais entre presos e a sociedade.
A Operação Modo Avião, que se refere à funcionalidade de inativação do celular, será contínua, não se limitará a um dia, sendo realizado em conjunto com as secretarias estaduais de Administração Prisional.
Ação começou em 2019
Nos anos de 2019 e 2020, a Força de Cooperação Penitenciária (Focopen) atuou em situações de crise nas unidades prisionais do Pará e de Roraima.
Em Roraima, logo após o início da ação na Penitenciária de Monte Cristo, ocorrida em novembro de 2018, foram apreendidos 126 aparelhos de telefonia celular, além de carregadores, cartões de memória, fones de ouvido e outros itens proibidos.
Em todo o estado de Roraima, a redução média da criminalidade chegou a 36% em relação aos homicídios e uma redução de 32% no número de Crimes Violentos Letais Intencionais, segundo o Núcleo de Estatística e Análise criminal da Polícia Civil do Estado.
No estado do Pará, a atuação da Focopen ocorreu em treze Unidades Prisionais e, ao todo, durou 390 dias, com início em 2019 e término em agosto de 2020.
Na operação, foram apreendidos 1.146 aparelhos de telefonia celular, além de 117 cartões de memória e 1330 chips de celular.
O reflexo da ação federal, em parceria com as forças estaduais, também refletiu na redução dos índices de criminalidade nas ruas. Na Região Metropolitana de Belém, os resultados obtidos foram: redução de 40% no número de crimes violentos letais e 41% no cometimento de homicídios, conforme dados do Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal.